Monitorização da Ictiofauna da Ribeira de Santa Natália

estudo das comunidades piscícolas para averiguação da existência de continuidade fluvial na zona da Mini-Hídrica de Pego Negro instalada na ribeira de Santa Natália pertencente à Região Hidrográfica 3 Douro (RH3) - (Figura 1 e Quadro 1). Constitui também objectivo verificar a necessidade da implementação de um dispositivo de transposição para peixes (escada de peixes) no referido local.

A Ribeira de Santa Natália, de orientação Norte-Sul, é um afluente da margem direita do Rio Tâmega, nasce na Freguesia de Rego, no Concelho de Celorico de Basto, no Distrito de Braga, a cerca de 840 metros de altitude, desenvolvendo-se numa extensão de cerca de 16 km até à foz, no Rio Tâmega, em Amarante. Como principais podemos apontar a Ribeira de Borba, na margem direita, e a Ribeira do Pertelim, na margem esquerda.

Relativamente à Mini-Hidrica de Pego Negro, esta destina-se à produção de energia elétrica e é constituída por um Açude e respetiva Tomada de Água, por um Circuito Hidráulico na margem direita e por uma Central Hidroelétrica onde estão instalados dois Grupos Turbina – Gerador. A central de fio-de-água Pego Negro (Figura 1 e Quadro 1) é alimentada pela ribeira de Santa Natália e pertence à empresa Hidroeléctrica do Pego Lda. Iniciou a sua produção em 1998 e conta com 0,17 MW de potência instalada. Situa-se no lugar de Pego Negro, freguesia de Telões, concelho de Amarante, Distrito do Porto.

De referir que o açude de Pego Negro na ribeira de Santa Natália, onde atualmente está a funcionar a Mini-Hídrica alvo deste estudo, já existia pelo menos desde 1942 período em que foi concedido o Alvará de 30 de Junho, nesse mesmo ano, para o acionamento da oficina de preparação mecânica e lavagem de minérios de uma mina de estanho denominada “San Martinho”. A 9 de Fevereiro de 1982 foi requerida uma segunda prorrogação por um prazo de mais 20 anos para o aproveitamento de águas da ribeira de Santa Natália para os mesmos fins, a qual foi concedida até 30 de Junho do ano de 2002 (ver documento anexo – Anexo 1).